quinta-feira, 22 de outubro de 2009

11 horas na ilha dos macacos



Capitulo 1

Capitulo 1

Toda sala de aula tem um aluno certinho. Ele não é bonito. Antes pelo contrário, é sempre gorducho e usa óculos. Ele tambem não é ótimo aluno. É CDF, mas limitações naturais lhe impõem sempre notas de aluno esforçado, ou seja, apenas medianas e é muito. No recreio, seus companheiros são sempre outros alunos certinhos, bem comportadinhos que quase sempre são sulistas, falam engraçado e são chamados de nerd pelos colegas. Assim é Baby, nosso estudante de pre-vestibular. E nossa estória começa na pracinha em frente ao colégio onde a turma foi lanchar e Baby aproveitou para comer um hot-dog...
- uauu, achei um papel... tem algo escrito... Heim??? 11 horas marcado com uma seta vermelha, na ilha dos macacos sublinhado? parece ser importante.
- maria angelicaaaaaaaaaaaa
- prontooooooo, o carma da sala me chama... que foi???
- avise aos professores que eu vou ausentar da escola
- obaaaaaaa... boa viagem, meu filho...
- não, mariangelicaaaaaaa, amanhã eu volto. só vou entregar esse bilhete ao prefeito
- que bilhete?
- esse aqui, óoooooo, "11 horas na ilha dos macacos",
- kkkkkkkkkkkkk, mas você é uma anta mesmo, 11 horas? de que dia? e a ilha dos macacos, ordinário, é no zoológico, vai todo mundo pra lá ver os bichos fazer sacanagem...
- você está com inveja porque alem de baiana e burra fui eu que achei o bilhete e vou levar pro prefeito e ficar famoso...
- kkkkkkk, vai pensando... 11 horas na ilha dos macacos, importante... kkkkkkkkkkkk
Enquanto isso, na prefeitura
- Dona Eduarda...
- Sim seu prefeito
- ainda tenho mais alguma coisa agora de manhã
- tem não, seu prefeito
- então senta aqui e chama dois funcionários. Vamos jogar oito maluco. Hoje tem campeonato na casa de minha sogra e eu preciso treinar
- Mas, seu prefeito, o senhor não poderia aproveitar e visitar a periferia, consultar as bases, e...
- podeparar, você é secretária, não é marketeira...
- tá bom, eu tambem prefiro jogar oito maluco do que ter que digitar monte de leis aumentando impostos...
- po, é mesmo... as leis... vamos deixar o oito maluco pra depois, acho que vou ouvir as bases...

e agora? será que Baby vai encontrar a prefeitura vazia? aguarde...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Borboleta de Prata - capitulos 13 a final




Capitulo 13

de repente, na casa de Andreza

- Andrezaaaaaaaaaaa, uuuuuuuh, uuuuuuuuh
- Terezão? o que você está fazendo aqui, traveco de Deus?
- tou procurando aquela coisa insuportável, chata, malcriada e antipatica
- a Dagmar?
- não, a sua sobrinha, a Eugenia
- po, não esculhambe a menina não. Só porque ela é desajustada, superativa, filha de pais separados, com a mãe cheia de filhos, um de cada pai, e o pai  cheio de madrastas, para ela, você vai ofender a criança?
- criança, nada, aquilo é uma aberração. ah, e chame ela já porque eu tenho companhia
- seu marido? Eurico osvaldo?
- só ele, não... Maga Flor...
- a professora do cara estrubuchado, sei...
- a princesa Flor da Suvaquia...
- eu fiz a unha dela na outraaaa novelaaaa... sei...
- Coelhinho, o locutor
- uauuuu, manda entrar... Etelvinaaaaaaaaa, solta um cafezinho ai que tem
visita...

na televisão

- Estamos aqui na residencia da manicure, Dona Andreza
- tira o Dona... pode chamar de Dezinha mesmo...
- Dona Andreza, onde está sua sobrinha, Eugênia
- ah, o senhor não vai me entrevistar? eu sei cantar, eu sei imitar anamariabraga cozinhando, eu sei dançar arrocha...
- depois, Dona Andreza, chame a sua sobrinha...
- humpf...
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- Oi, Seu Coelhinho
- Eugênia?
- Não, leonor, filha da empregada, Etelvina
- mas nós procuramos a Eugenia
- buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
- poooo, que cara chato, nem deixou a menina cantar, ela estava lá dentro ensaiando
- ooooooooooordeeeeeeeeeem, chameeeeeeeeeeeeeem a eugeniaaaaaaa
- dona princesa
- Dona princesa uma ova. ALTEZA... a l t e z a... altezaaaaa... chamem Eugeniaaaaaa
- Oi, Dona Alteza Princesa Flor da Suvaquia... Eu sou a Eugenia
- Cadê a fivelinha, santa, aquela que eu te dei lá no salão?
- ah, aquilo? tá aqui na bolsinha, óoooooo...
- eeeeei, isto é apenas uma fivelinha...
- claro que é uma fivelinha...
- O cara estrebuchado?
- Oscar? Meu cunhado? irmão de meu marido?
- Cacá, meu amante?
- cortaaaaaaaa, comerciais urgente
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Capitulo 14

ainda na TV, na casa de Andreza

- Sim, eu, Oscar, cunhado da princesa Flor, caso da manicure Andreza, esta não é a borboleta de prata. Não é o broche da princesa
- isso qualquer um vê, anta...
- Mas o senhor mandou ter cuidado com a borboleta de prata
- claro, né? com a outra borboleta de prata. Estava perdida desde o casamento da outraaaaaaa novelaaaaaaa...
- e o que eu faço com essa fivelinha, heim? cheio de imagens de uma fivelinha de camelô?
- de camelô não... era um presente para Andreza... sabe como é... cansei de ser o outro, arrumei uma namorada desimpedida e ia terminar, era uma lembrancinha. Mas ai...
- ai o que?
- seu marido me encontrou, Andreza, me encheu de catiripapo. Entrei no taxi e disse HGE... como estava todo estrupiado e sangrando o taxista não quis se
complicar e mandou eu sair. ai cai nos pés da professora. Tinha um orelhão, liguei pra ambulancia e aproveitei a estadia no hospital pra fazer cirurgia bariátrica, dar uma geral e ficar mais tchan, afinal, se a Suváquia entrar em guerra com o Brasil eu tenho que ficar em cima...
- em cima porque?
- mulher adora soldado dos paises inimigos, pode ver nos filmes da segunda guerra mundial, ehehehe...
- mas eu quero saber da MINHA borboleta de prata...

- triiiiiiiiiiiiiiiiiiin
-´telefone...
- atendaaaa
- eu não, antenda você
- Casa da Andreza, boa noite... heim?... O que?... tá bom... princesaaaaaa, seu marido falou para você pegar o primeiro avião de volta pra K-Tinga. Acharam a verdadeira borboleta de prata.
 
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Capitulo 15 - final

K Tinga, capital da Suvaquia, Palacio do principe

- O que? quer dizer que meu broche ficou esse tempo todo perdido no quarto?
- Iá, iá, Alteza
- quer dizer que não vai mais ter guerra?
- clarro que non, meu esbozza... brrazil zerr maiorr que suvaquia, ter mais soldada que suvaqui, nós iriamos perder de goleada...
- bom, eu prefiro paz, mesmo... e cadê Gretel e Helga para eu agradecer?
- ze inscreveron num reality show the big cleaner suvaqueiro... falaro que o brremia zerr maior que o recompenza porr achar zua brrocha

na casa de eurico e Terezão

- que babado forte, heim Eurico? no final minha fivelinha era só uma fivelinha e ainda bem que eu não passei no exercito, não vai ter mais guerra.

no salão

- po, Veronica, qual é... ce não fala mais comigo... po, ninguem fala... só porque o Oscar falou que era meu caso... era só um namoradinho a toa...

na escolinha

- Chamou, diretora
- vou lhe dar um aumento, Magaflor, por causa da historia da borboleta, do cara estrebuchado, etc, as matriculas na escola bombaram. fiquei rica... você merece...
- ah, ce nem sabe da maior, diretora, eu vou pedir demissão
- nãaaaaaaaaaaaaaao...
- é que aconteceu uma coisa legal
- você vai casar com o estrebuchado e virar princesa tambem
- não... Me viram no programa do Ceolhinho e gostaram. Vou trabalhar numa novela de televisão.
- novelaaaaaaaaa, mas você não é atriz
- e dai? Fernanda Lima, Grazi Massafera e outras tambem não são...

fim

domingo, 20 de setembro de 2009

A Borboleta de Prata - capitulo 12



e de repente, a casa de Maga Flor tinha mais gente que o Shopping Iguatemi ou a Estação da Lapa. Era princesa, coelhinho, empregada, e Terezão e Eurico Osvaldo

- Dona Princesaaaaaaaaaaaaa eu estou desolada... Imagine eu nunca podia imaginar que aquela fivelinha ridicula fosse um broche valioso. Dei de presente a sobrinha de minha manicure...
- Você é uma anta, Terezão...
- Mas a menina encheu o saco, ai Andreza implorou...
- quem é Andreza?
- minha manicure
- sei quem é, Dona princesa, uma fofoqueira, passa o dia inteiro fofocando com Verônica, a maquiadora, e quem vê as duas pensam que são madames...
- bom... tenho uma proposta
- fala Magaflor
- não adianta chorar, estrebuchar. Vamos todos à casa da tal Andreza procurar a sobrinha dela e a fivelinha...

enquanto isso, na Suváquia

- Esse brrinceza zerr uma bagunzeirra, Gretel...
- Zerr mesmo, Helga
- Culpa da brincibe que cazar com um escorpiana
- zerr mesmo, ele poderr pergundarr a zigna e trocarr ela por um virginiana. virginianaz zerren organizadas
- em compensaçon zerrem chatas...
- eu zou virginiana
- borr isso é faxinerra, Gretel, se fosse escorpiana zerria brrinceza...
- mas o que zerr aquilo brilhando...
- uau... olha zó
- vamos correndo mostrrarr a brrincipe... acho que... bom...

po, mas até na suvaquia tem fofoqueira? tem... falando em suvaquia, o que as
duas acharam?

Borboleta de Prata - capitulo 11




- Entre, seu Coelhinho
- Magaflllorrrrrr, passe meu terninho Chanel imediatamente
- passe a senhora, dona Princesa. Não sou sua empregada
- mas eu estou hospedada aqui
- de queixão, claro... porque inventou que eu roubei a mariposa de prata
- mariposa não, borboleta
- arran, arran...
- Coelhinhooooooo...
- quero saber porque me chamaram aqui
- uma entrevista, claro
- ah, com quem
- lóoooogico que comigo Princesa Flor Primeira e Unica da Suváquia
- nada disso, seu coelhinho, comigo. Magaflor. eu achei o cara estrebuchado.
- vão brigar? melhor ir pro programa da marcianita xaxa...
- mas eu vou falar, eu achei o cara estrebuchado
- e eu quero saber da borboleta de prata
- moçaaaaaaa... peraeeeeeeeee...
- que é isso? quem deixou ela entrar aqui?
- eu sou Marileusa, empregada dali defronte. Eu vi Coelhinho aqui vim pedir
autografo ai ouvi o negocio da borboleta... Meu ex-marido é camelô e achou
uma fivelinha prateada em forma de boroboleta
- fivelinhaaaaaaaa?
- vendeu por vinte reaus a uma bicha, o cachorro...
- oqueeeeeeeeeeeee? meu brochinho de ouro prateado legitimo com olhos de
rubis peça unica assinada pelo grande designer Little John Matthew vendido
por apenas vinte conto?
-ooooooooohhhhh

- senhoras e senhores, agora é a princesa Flor da Suváquia que caiu
estrebuchada na casa da professorinha flor quando soube o que aconteceu com
seu brochinho...

- acorda, Dona Princesa, não quero saber de incidente internacional não. Eu
era apenas uma pobre professorinha de maternal, até o miserento estrebuchado
se estrebuchar nos meus pés. ai agora é a senhor. buaaaaaaaaaa, sniff,
sniff, buaaaaaaaaaaaaaaaa...

enquanto isso na casa de Eurico Osvaldo e Terezão...

- Euricosvaaaaaaaaldoooooooo, corre aqui e me segura que eu vou ter um
piripaqueeeeeeeeeeeee...
- qué qui houve?
- minha fivelinha? aquela que eu acabei dando de presente a chata da Eugenia
sobrinha da minha manicure, a Andreza? é a borboleta de prata, um broche
assinado. buaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... como se não bastasse eu perder no teste
do exercito por ser miope e ter pe chato...

mas, será que a fivela de Terezão era mesmo a borboleta de prata?

A Borboleta de Prata - capitulo 10



dois dias depois...

- Dona Princesa, dá um tempo, pelamor de Deus... até quando eu vou conversar
com meus amigos da Internet no msn você fica lendo
- claro. Você é minha refem. Eu quero a borboleta já.
- Mas eu não sei de borboleta nenhuma.
- E o cara estrebuchado?
- Sei lá quem era aquela miséria...
- eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta
- pareeeeeeee, pelo amor de deus...
- eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta
- pareeeeeeeee, tá bom, Dona princesa... eu tive uma ideia
- eu quero a borboleta, que ideia, eu quero a borboleta, fale logo
- bom, vou ligar pro coelhinho e marcar uma entrevista
- eu quero a borboleta, boa ideia, eu quero a borboleta, ligue logo
- mas tem uma condição
- qual, eu quero a borboleta, qual, eu quero a borboleta, eu quero a
borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta, eu quero a borboleta, eu quero a borboleta,
eu quero a borboleta
- a senhora parar de falar eu quero a borboleta...
- tudo bem, eu quero... tá... feito...

no camelô

- quem era aquela tal Emília Eustázia?
- uma vizinha de minha ex-mulher. Por causa dela eu tive que dar os vinte
reaus da fivela de borboleta a mocreia da ex-patroa. por conta da pensão...
- poxa... mudando de assunto, sabe que eu vi o negócio da guerra na TV? A
princesa Flor, rainha da Suváquia, veio pessoalmente procurar a tal
borboleta de prata e se não achar vão jogar uma bomba atomica em cima da
professora que achou o cara estrebuchado...

no salão...

- o que? bomba atomica? Veronicaaaaaaaaaa, que babado forte
- pois é, Andreza, ainda bem que eu sou separada... Se meu ex-marido for pra
guerra azar da fulana que casou com ele agora...
- Mas anta, se jogarem bomba atomica na casa da professora, não vai sobrar
pedra sobre pedra de Paripe até o Farol da Barra

na casa de Magaflor...

- Dona Princesa? É verdade esse treco de bomba atomica?
- não, né, anta... é só para disfarçar. A Suváquia é um pais tão ridiculo
que nem tem no mapa...
- 0 que que nem tem no mapa?
- Caraca, o Coelhinhooooooooo... xiiiii, isso vai sair na TV?

domingo, 6 de setembro de 2009

Borboleta de Prata - capitulos 7 a 9




Capitulo 7

cortaaaaaaaaa... cade a tal borboleta de prata? torna a cortar de novo...
Avenida Sete, tipo 14h, dia de semana, cheio de gente

- olhaaaaa a fivelaaaaaaa, ultima moda na novela A alma gemea do Banguela
Americanoooo... Uma é 5 reaus, duas é 9... aproveiteeeeeeem
- Oiiii, quanto é a fivelinha? por sinal, divina...
- tem em formato de flor, de relouquiti, de jumentinho...
- eu quero essa, de borboleta...
- essa??? essa é 20 reaus...
- vinteeeeee? mais que roubooooo
- moço, essa eu achei no chão tou levando pra minha filha
- nananinanão... o senhor é camelô ou é madre tereza de calcutá
- eu sou camelô, moço, mas tenho filha
- ah, não quero nem saber, eu quero essa borboleta. pago quinze reaos... ah,
e não sou moço, não, sou menina, Terezão as suas ordens...
- Tá bom, seu Terezão, eu vendo por 15... Mas cuidado.
- Cuidado por que?
- soube que o Brasil vai entrar em guerra por causa de uma borboleta
prateada
- e o qué qui tem?
- pode ser essa, né? apareceu do nada no chão...

enquanto isso, Magaflor continuava intrigada com alguns assuntos

- Eu gostaria imensamente de saber a)quem era o cara que caiu estrebuchado,
b)o que aconteceu com ele, c) quem estava me seguindo d)onde fica essa tal
de Suváquia que quer fazer guerra com o Brasil...
- é facil: a) morreu e foi interrado como indigente, era espião da Suváquia,
que é um pais que fica pra lá da Russia, pra lá da Siberia, pra lá de tudo
que é lugar e é tão pequeno que não aparece no mapa...
- Renatinho... é você que estava me seguindo?
- é, professora, desde ontem que você me deve um autógrafo
- cadê o papel? xô ver... risk, risk, risk, pronto...
- valeu, Magaflor... vou tirar xerox e vender no ponto de ônibus pra pegar
dinheiro pra comprar picolé
- menino safado, perai que vou lhe dar uns cascudos...

Mas, porem, contudo, todavia, quando ela ia correndo atrás de Renatinho para
sentar-lhe uns cascudos, para um taxi...

- oooooooooh nãaaaaaaaaaao, outro cara estrebuchado?

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capitulo 8

só que em vez de cair um cara estrebuchado, sai do taxi uma mulher bem
vestidissima com um tailleur chanel (ou coisa que valha) cheirando a Ysatis
(ou outro perfume caro e forte) com o cabelo penteado no janinijaquis (ou
outro salão caro e divinamente maravilhoso

- bom dia, você é Magaflor?
- sim, sim...
- eu sou a Princesa Flor, da Suváquia. Cadê a borboleta de prata?
- e eu sei lá
- sabe sim e eu vou querer
- mas eu não sei cadê não
- sabe sim. não foi você que falou com o cara estrebuchado
- foi, mas e dai? eu sei lá de borboleta, mosca, mariposa, aranha...
- não quero saber, vou lhe levar de refem e lhe torturar até dizer cadê a
borboleta de prata
- por mim, azar... eu viro heroina, santa, vou ficar famosa... pode torturar
a vontade
- ouvindo o disquinho novo da Xaxuxa 550 trilhões de vezes? duvido que você
resista...

entrementes

- Euricooosvaldooooooooooooo, uuuuuuuuh, uhhhhhhh, olha o que eu comprei,
fofo?
- um cuecão de couro
- nada santa... uma fivelinha, olha que mimoso...
- fivelinha? mimosa?
- sim, no camelô, apenas 15 reais, filhooooo, olha aqui, amoooor
- heiiiiiim? uma borboleta de prata? pirou foi?
- porque?
- o Brasil vai entrar em guerra por causa de uma borboleta de prata
e se for essa?
- uma borboleta mixuruca que o camelô achou no chão? aiai... quem pirou foi
você Eurico Osvaldo... ah, e eu já fui alistar a gente, amanhã vamos fazer o
teste...
- teste? quem disse que eu quero...
- mas é bom, darling, imagine a gente segurando o fuzil, apontando o canhão,
armando as zarabatanas
- que mané de zarabatana, anta... ninguem aqui é indio não
- ah, não quero nem saber. amanhã vou pro salão, para manicure, quero chegar
no quartel lindona pra fazer o teste...

será que Terezão vai mesmo fazer algum teste?

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Capitulo 9

No dia seguinte, de manhã

- Euricosvaldooooo, que tal eu estou?
- ótima, Terezão, como sempre
- não notou nada diferente?
- tirou o megahair?
- só isso? olha o resto
- tirou o silicone
- só isso?
- tá de calça comprida, de gravata?
- claro, beibizinho, vou me alistar no exército. quero ir fechando...
- assim?
- lógico, você queria que eu fosse como? com a fantasia da Lavagem das
Escadarias do palacio dos Esportes, é?
- mas, os documentos, Terezão?
- bom, acho que não vou ficar pelado, hora...
- não falo disso... falo da carteira de identidade
- oxente, ta lá escrito Manoel Oscar da Silva Massaranduba. Mas chega de
falar besteira. Vamos para o quartel se alistar...
- quem disse que eu vou?
- oxente, vai sim? ce pensa que eu vou ser heroina de guerra sozinha? mas
nem morta, santa...

enquanto isso...

- Bom diaaaaa
- Dona princesa eu já falei que não sei de borboleta nenhuma
- eu não quero nem saber, vou ficar na sua cola, vou assistir sua aula.
- poxa, que invasão...
- meu pais ainda não invadiu o seu...
- falo de invasão de privacidade
- é? então cadê a borboleta de prata? eu vou querer
- mas eu não sei de borboleta nenhuma...
- mas você falou que o homem estrebuchado contou que era para ter cuidado
com a borboleta de prata
- mas eu não sei de nada.
- mas vai saber. você é minha refem...

enquanto isso, no camelô

- Uma traveca maluca comprou aquela fivelinha de borboleta prateada que
apareceu no chão. Deu 20 reaus
- 20? puxa que maluca. aquilo ali vale uns dois conto no máximo
- eu vendi por 15 era pra dar o troco e me esqueci.
- se armou
- armei nada. me livrei de um abacaxi. o Brasil vai entrar em guerra por
causa de uma borboleta prateada, eu me livrei logo
- xiiiii, se a televisão sabe disso
- se a televisão sabe o que?
- xiiiii... pior que a televisão, cumpadi, Emilia Estázia, a fofoqueira...

Emilia Eustázia? quem é essa?

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009



Capitulo 4

ainda o telefonema

- meu marido? eu não sou casada...
- claro que é, Vamp Veronica, a drag... Seu ex-marido, a Sofia Bombom virou apenas Evangivaldo funcionário de banco e marido exemplar de uma professora
de primeiro grau, euzinha...
- eu não sou Vamp Veronica...
- ah, tá, e eu não sou Dagmar, a ex-biscate...
- coincidencia... telefone errado... fiquei nervosa porque a tal Suvaquia declarou guerra
- guerra? será por isso que o ordinário do Evangivaldo ainda não chegou? deve estar se borrando de medo e virou traveco de novo...

bom, Dagmar e Evangivaldo são meros acidentes de percurso, pelo menos por enquanto...

- cocororocoooooooo
- vixe, já é de manhã, deixa eu correr e ir picada pra escola...

porque será que Magaflor está com tanta pressa de ir pra escola se mal amanheceu o dia e o galo acabou de cantar?
 
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Capitulo 5

Magaflor acordou cedo e se mandou pra escola porque ela adora andar de manhã e aproveita para economizar o dinheiro do buzu

- po, salário de professor é uma merreca. O governador devia passar um mês dando aula e recebendo o que a gente recebe. Ele ia ver. Po, é uma responsabilidade retada. De nosso trabalho depende o futuro do Brasil(*)

ah, e o cara estrebuchado?

- Po, estou pensando quem era aquele cara e para onde ele foi. Que coisa invocante. Caiu do taxi, falou sobre a tal mariposa prateada, desmaiou e depois sumiu? Será que os ETs abduziram ele?

Magaflor nem desconfiava que estava sendo seguida muito discretamente e a uma distancia segura (para o espião) só o porteiro da escola viu...

- Dona Maga, eu lhe vi na televisão. Sabe que tinha alguem ali? Acho que queriam autógrafo e ficaram com vergonha de pegar...
- alguem? ali?
- pois é, a senhora andando e a pessoa atras
- mas o que poderiam querer comigo?

* com esta fala da Magaflor, a autora da novela parabeniza os professores pelo seu dia e ao mesmo tempo aproveita para protestar contra os baixos
salários e as péssimas condições de trabalho dos professores brasileiros.

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Capítulo 6

E Magaflor foi dar aula pensando em quem seria a sombra misteriosa que acompanhava seus passos de longe. Enquanto isso, no cafofo de Terezão... Mas  quem é Terezão?

- eeeeeeu souuuuuuuu a mosca da sopaaaaaaaaaaaaaa
- putz, Terezão, cala a matraca, quando você inventa cantar não tem quem aguente
- po, eu canto se quiser, ora...
- mas musica do Raul Seixas, de manhã cedo?
- ce queria o que? cantiguinha da Xuxa, Eurico Osvaldo?
- eu quero ver meu jornal, né, patroa? e você poderia aproveitar e ir pagar a prestação da geladeira que está atrasada...
- ver jornal, humpf. se ainda fosse programa de beleza
- beleza pra traveco?
- po, não precisa lembrar né? eu me sinto uma mocinha...
- mocinha, kakakakak... ah, santa, se prepare, o Brasil entrou em guerra com a Suváquia e é bem capaz que a gente precise se alistar
- eeeeeeu? vestir aquele modelito com aquelas botinhas desarticuladas e ainda carregar aquele treco horroroso no ombro?
- que treco horroroso, mocréia, aquilo é um fuzil. e o pior que você vai ter que cortar o megahair...
- aaaaah, se situe... eu sou artista, meu bem, no máximo iria para o pacífico animar as tropas...

enquanto isso na Suváquia

- Brrincipe Igor, eu zaberr que brrazileirras estar indo voddarr barra se desarmarr zerrá que poderriamos darr uma drregua?
- mas que drregua, ainda non terr nenhum batalha, brrimeirra ministroo...
- e eu achar que non vai derr, brazzileirras zerem muito ocupadas tomando conta do vida amorrosa de ronalda, zua crraca de futebol... e o guerra zer por causa de zeu esposa, o Brrinzesza Flor
- qué qui tem eu, fuxiqueiro? eu não fiz nada, marido, o que esse ministro contar é mentira. O Genesio é apenas um velho e bom amigo...

No quartel do corpo de bombeiros...

- Moçoooooooooo, bom diaaaaaaaa
- Hum, bom dia...
- eu queria me alistar
- você? tem certeza, coisinha lindinha?
- Coisinha lindinha vírgula. Meu nome é Manoel Oscar, tambem conhecido como Terezão...
- mas não temos vaga para bombeiros, não
- booooooombeiroooooossssss? aqueles caras que apagam fogo, escalam paredes?
deus me livre... eu errei de endereço, querido... quero me alistar no exército

Muda de cenário, de tudo. Deixa Terezão se alistando para ir a guerra. No Barbalho, Magaflor é novamente seguida pela sombra misteriosa...

- eu acho que vi mais de uma sombra atrás de mim... será que estou sendo seguida mesmo?

sábado, 22 de agosto de 2009

A Borboleta de Prata - capitulo 2 capitulo 3



Capitulo 2

Suváquia

- Non poderr zerr, alteza, o borboleta de prrata?
- pois é, num prrogrrama de televison em Bahia. Meu esposa viu e eu viu tambem
- mas isso zerr muito grrave. ai que nós prrecizamos invadir o Brrazil
- mas isso zerr maluquice. Nossas paises son pacificas. E alem disso Brrazil enorme e Suvaquia pequeno. Nosso forzaz armadas ter apenas 10 soldados, cinco escodeirras e 10 cachorros.
- brrezizamos de reforços. que tal convocarrmos os nossas sogras?

enquanto isso, no Salão de Beleza Só Milagre...

- Andreza, minha filha, olha isso aqui, está no jornal e eu vi no programa do Coelhinho. Um cara se estrebuchou nos pés de uma professorinha e a policia não fez nada
- Um cara?
- Pior que o sujeito sumiu. Quando a ambulância chegou não tinha ninguem lá. E ele caiu de um taxi...
- Taxi?
- Mas ninguem achou. E falou de uma tal borboleta de prata
- Hum, acho que sei o que é. Tá na moda agora é uma fivela de cabelo em forma de borboleta. Tem de todas as cores. Minha sogra comprou uma fuchsia. Ficou ridicula, claro, mas eu disse que ficou lindo só pára a velha usar e eu dar risada...
- que mané fivela nada. Mas que tem um mistério, tem. O cara sumiu, ninguem sabe que borboleta é essa
- eu ainda acho que é a fivela...
- mas que fivela. se fosse fivela de cabelo ia ser azul, verde-periquito qualquer cor, mas nunca borboleta de prata...
- eu acho que é a fivela... Hum, Veronicaaaaaaaaa, olhaaaaaaa, tem um país chamado Suváquia querendo declarar guerra ao Brasil
- cacacacaaaaaaaaa, guerra? vai se estrebuchar. Temos uma arma secreta poderosissima...
- que arma? Ivete Sangalo cantando a festa e botando todo mundo pra empurrar o trio elétrico?
- meninaaaa, vamos mudar de assunto. Salão de beleza é lugar de fofoca, guerra tem espião secreto. E a gente nem sabe quem está ai... Pois é... Vai e alguem está interessado na borboleta de prata...
- Po, é mesmo. Prefiro me concentrar em outros assuntos, como a palha do côco pro luau...

minutos depois

- alo, fala quem está pagando... heim? você ouviu bem? arma secreta? palha do côco? tem certeza? o que mais? Ok, bom trabalho, vou informar ao príncipe
agora mesmo...

espião? num salão de beleza? quem era?

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Capítulo 3

por onde anda Magaflor?

Depois que denunciou o cara estrebuchado no ponto perto do Iceia, Magaflor resolveu voltar pra casa. Já era de tardinha e até pular de buzu em buzu até chegar ao iguatemi já seria hora de dar aula e no dia seguinte. Apareceu na televisão, virou sensação na vizinhança.

- moçaaaaaaaa, me dê um otrogo
- não vou dar autógrafo nenhum, Renatinho. Po, ce é meu vizinho desde que nasceu
- mas agora você ficou famosa, Maguinha
- Famosa? eu? só porque um cara caiu do taxi todo estrebuchado e eu liguei pro Coelhinho?
- pois é, e apareceu na televisão. Soube que lhe viram até na Suváquia aquele lugar que quer declarar guerra ao Brasil
- guerra?
- pois é. Já estou treinando aqui para se me convocarem
- mas você só tem 9 anos, Renatinho
- eu sei. Mas se a guerra demorar? se lembre que a guerra dos cem anos durou uma cacetada de tempo... Por isso que eu tou treinando
- treinando como?
- dando badogada na mangueira da igreja...
- mas na da igreja?
- claro? lá não é casa de Deus? eu tambem não sou filho de Deus? então eu tenho direito, ora, né pecado não...

enquanto isso...

- alô, SSS boa noite qual a senha?... O rato roeu a roupa do rei de roma?... infelizmente está errada. Mudamos para um tigre, dois tigres, tres tigres há tempos... quem? a mulher do espião secreto da Suváquia no Brasil? e o que a senhora deseja? emprego? ah, tá... vamos ver nosso questionário básico: com quantos paus se faz uma canoa?... acertou... bom, aguarde amanhã. vamos precisar de reforço aqui no SSS, Serviço Secreto da Suváquia...

entrementes ainda...

- Alô, Andrezaaaaaaaaa, é Verônica. Você viu na televisão? apareceu a tal professora. Foi. Virou celebridade, menina. Vai apresentar um programa de entrevista, vai ser protagonista de novela e ainda vai posar nua para a revista Playglauco, uma publicação nova para velhos viciados em menininhas...
- Verônica, se situe, né? você ligou errado, aqui quem está falando não é a Andreza, é Dagmar sua arquiinimiga, lembra? a que tomou seu marido...

Dagmar, que tomou o marido de Veronica? quem é essa?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Borboleta de Prata - Capítulo 1



Capitulo 1

introdução
(tá, novela não tem introdução, mas essa aqui, tem)

Depois do casamento de Juliana e Fernando, a Princesa Flor voltou a seu país, o obscuro reino da Suváquia. Na capital, K-Tinga, conversando com seu marido, o Grão-Duque Igor Gosto de Tigre (porque ele só gosta de roupas listadas), ela simplesmente exigiu que a Suváquia declarasse guerra ao Brasil. Mas...

Bahia, enquanto a Suváquia declarava guerra...

Magaflor é uma professora de maternal muito bonitinha. Simples, sem nada demais, daquelas que compra roupa na Avenida Sete e só em dezembro, com o décimo-terceiro, arrisca-se a ir aos shoppings da vida. Torce pelo Bahia, mora no Barbalho e seu nome é uma homenagem a suas duas avós, Magali e Floripedes... Um belo dia, enquanto esperava o ônibus num ponto perto do Iceia, Magaflor vê um taxi parar repentinamente na sinaleira e um cara se estrebuchando a seus pés:
- Cucucucucuiidadado com a Borboleta de Prata... disse isso e desmaiou.
Flor gritou, berrou, saiu correndo e foi parar no módulo policial
- tem um cara ali se estrebuchando, caiu de um taxi
- isso é com a secretaria de trânsito
- mas o cara tá morrendo
- chama a ambulancia
- Seu Guardaaa, helloou, aterrissa, tou falando de um cara quase morto...
- minha senhora, a gente não podemos fazer nada. Não temos viatura, trabalhamos em dupla e não podemos sair e deixar o modulo sozinho
- bom, só tenho uma coisa a fazer, vou ligar para o Coelhinho, mas antes quero saber: cadê o outro guarda?
- tá no banheiro...
- que banheiro?
- ali da padaria
- que padaria? ah, deixa pra lá

E assim, Magaflor liga para o Coelhinho, famoso apresentador de programa sensacionalista e abre o jogo:
- Seu Coelhinho, eu assisto sempre seu programa Via de Mão Dupla e é por isso que eu estou ligando. Tem um cara se estrebuchando aqui. Caiu de um taxi. Disse para eu ter cuidado com a Borboleta de Prata e desmaiou.
- Que booooorrrrrrboleta de praaaaataa?
- vixe, errei, liguei pro Gavião Tremeno...
- Não, aqui é o Coelhinho, mesmo, é que eu estou treinando para um novo emprego, narrador de corrida de jegue. Vou trabalhar lá em Barreirinha do Rio Molhado, a terra...
- isso foi na outra novela, moço. Deixa os jegues para lá, estou falando do homem que estava se estrebuchando e falou da borboleta de prata...

A noticia foi parar na TV e chegou via satélite até o palácio em K-Tinga onde foi vista pela princesa Flor e seu marido igor...
- aaaaaaaaaaaaaaaaah, nãaaaaaaaaaaaaaaaao, o segredo foi revelado, a Borboleta de prata
- o que? a Borboleta de prata


mas que raio de borboleta é essa? leiam...

domingo, 2 de agosto de 2009

A Outra - capitulos 8 a

Capitulo 8

Sandrinha não era dada a coisas rurais, mas ela leu numa revista esotérica
que é bom estar em sintonia com a terra e foi cuidar da hortinha...

- Po, isso aqui tá um lixo, vou te contar... Silva, capine isso aqui
- mas eu não sei capinar, dona madame. eu só sou o motorista
- ah, tudo tem uma primeira vez. capine isso aqui
- mas era a planta preferida da patroa. ela juntava, secava, se trancava ali
no fundo, queimava e saia um cheirooooo... ela saia de lá calmaaaaaaaaaa...
mas com uma fome disgramenta... adorava essa plantinha
- por isso mesmo que eu quero capinar. arranque tudo que eu vou plantar
outraaa coisaaaaa...
- posso saber o que, Madame?
- boldo. o povo daqui come mal, bebe muito e deve precisar de remédio para
estomago. vou fazer chá pra vender.

nesse momento os berros de Manoel são ouvidos na horta

- po, que cara esganiçado. Pega o carro, Silva, vamos procurar um shopping
center. quero ver umas vitrines.
- mas o patrão está chamando
- que chame... eu respondo se quiser. e agora estou afim de passear, vamos
nessa?

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só um aviso: como essa história não fluiu como eu esperava, será encurtada

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Capítulo 9

Sandrinha não foi passear. Ela sacou o que era a hortinha e se mandou. No
primeiro buzu que passou ela embarcou e hoje mora em Tocantins, do outro
lado do Rio Araguaia onde montou uma comunidade alternativa porem
chiquérrima e baladeira, como ela diz, porque "ninguem pode ser radical,
não, violão"

- Bom dia queridos visitantes, nossa programação hoje está sensacional,
vamos ter meditação, yoga, um campeonato de oito maluco e a noite
sensacional show de reggae...

enquanto isso na fazenda...

- Buaaaaaa, buaaaaaaaaa, buaaaaaaa
- eu disse que isso não ia prestar, Patrão
- Eu sei, Silva... Culpa da Filomena e da Eleutéria. Plantavam maconha na
hortinha no fundo da casa...
- Uma morreu e a outra fugiu...
- Não, a Eleutéria está presa. Era ela que vendia a muamba...
- Falo de sua esposa, patrão
- Não, Filomena morreu...
- a segunda, Dona Sandrinha...
- pior foi me deixar aqui nessa fazenda horrorosa que nem era minha...
- oxente? não era sua, não?

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Ultimo capitulo

Manoel Mateus e Silva conversam

- né minha não... mas só essa semana que eu fiquei sabendo. Tem uma carta
escondida no galinheiro que revela quem é o proprietário de tudo inclusive
da hortinha de maconha...
- po, patrão, vamos ler...
- amanhã. estou esperando a Sandrinha que vai voltar e a Eleutéria que vai
ter uma folga na cadeia.

no dia seguinte...

- Amigos, eu sou Davi Alexandre, advogado, tenho esse nome ridiculo porque
meu pai adorava heroi...
- epaaaaaa, nós viemos aqui para ouvir uma carta ou ficar falando besteira?
- bom, continuando, anos e anos e anos depois, fomos avisado que havia uma
carta no galinheiro informando quem é o verdadeiro proprietário da Fazenda
Maria Joana...
- Oxente, a fazenda tem nome? só assim eu sabia...
- continuando, numa busca para ver se alem de maconha a falecida Filomena
ainda plantava outras coisas, um dos cachorros da policia achou os papeis
que quase iam sendo destruidos pensando-se que era seda de baseado. Foi
quando a policia viu que tinha tinta de máquina de escrever e conferiu: eram
documentos importantes, o testamento de do Coronel Filomeno, dizendo que
vendeu as terras pro Eleutério José, avô de Dona Eleutéria, que por sua vez
vendeu as terras pro avô de Manoel Mateus, que por sua vez deixou de herança
pro neto mais maluco que pintou na face da terra
- o João Joaquim?
- não... o Filomeno... Sua esposa, Manoel, era homem...
- heeeeeeeeeeeim?
- por isso que ela não transava
- por isso que dormia lá no fundo
- por isso que Eleutéria gemia de noite
- por isso que Silva nunca conseguiu comer ela
- Mas, eu sou sapatão, dona Filomena dizia que era mulher... então aquele
negócio que cresceu na minha barriga e saiu chorando era um nenem? não era
um tipo de verme especial que dá pra lá de bagdá?
- kkkkkkkkkkkkkkk em que toco eu fui amarrar meu jegue, vou me mandar...

pra completar a história, Filomena ou Filomeno, não tinha morrido. A policia
estava de olho na hortinha e ela se escondeu em Brasilia alegando que lá já
tem monte de criminoso, falcatrueiro e ninguem ia reparar se aparecesse mais
um. Mas repararam. Porque na hora de depor na CPI ele estava muito doido e
perguntou: "vem cá, e eu te conheço?"... Manoel Mateus e Joaquim João se
mandaram de lá. Joaquim casou com a filha de um empresário e foi para as
ilhas Cayman montar um caixa dois amoroso. Manoel Mateus voltou a viajar de
navio. Filomena e Eleuterio casaram e tiveram mais filhinhos, e Sandrinha...

- Brrezado Sandrinhaa, zegundo nossas leiz cazamentas que serrem rrealizadas
em cadeia non terr valor forra dos grradez. assim sendo, conssiderre-se
zoldeirra...

- obaaaaaaaaaaaaa. Luiz Felipeeeeeeeeeeee, eu não casei, eu não casei... -
oxente...
- olhe aqui, tá escrito. "o casamento zerr de mentirrinha, parra enganarr as
prezas que ficam quietinhas sem benzarr em besteirras"...
- então...
- claro, baby, nós podemos casar e morar lá em Salvador mesmo porque eu
cansei de mato...
- então...
- então vamos, né? ou você vai desistir?

FIM

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Outra - capoitulos 4 a 7

Capitulo 4

- Eleutériaaaaaaaaa, chegamooooooooos
- Seu Manoel Mateus, seja bem vindo.
- Esta é a nova patroa, Sandrinha
- Oi, você é a governanta, né? deve ser chata, encherida, fiel a primeira mulher de meu marido, vai me sacanear e se bobear bota fogo na casa
- quem falou isso?
- eu li em Rebecca, no curso de ingles.
- Mas aqui é a vida real, Sandrinha
- eu sei. e estou longe de ser babaca como as heroinas das outras novelas.
- er, deixa mostrar o quarto
- pode deixar, Eleuteria, eu sei o caminho
- mas patrão... falo do quarto dela, lá no fundo, perto do cachorro
- ah, seu quarto... Não sei o que eu perdi lá.
- O quarto perto do cachorro? mas era o quarto da falecida
- oxente, ela não dormia na casa, não?

será?
 
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Capitulo 5

-oxente, ela não dormia na casa, não?
- bom, er...
- dormia, sim.
- as vezes
- dormia, não dormir ou bom, er?
- deixa isso pra lá, Sandrinha.

mais tarde, depois do jantar

- Bom, Manoel Mateus, a casa é ajeitadinha, gostei do quarto, acabou a novela, vamos pra balada?
- que balada? isso aqui é interior
- não tem um botequinho com uma radiola por ai?
- bom, eu não sei, a falecida era caseira...
- eu não sou a falecida, Manoel Mateus. Você me conheceu no reggae
- salsa
- reggae, salsa, tudo do Caribe, eu quero ir pra balada
- mas aqui não tem
- não tinha. vou dar uma festa, amanhã mesmo vou providenciar tudo

na cozinha, ouvindo atras da porta

- Eleutéria, isso não vai prestar
- o que, Silva?
- ouvir atrás da porta
- eu ouço sim. A maluca está dizendo que vai dar uma festa
- po, legal. essa casa no tempo da falecida parecia um cemiterio
- a falecida tinha classe
- classe até pode ser, mas não tinha alegria
- bom... ela falou em festa. veremos se ela vai conseguir fazer a festa
- porque? ce vai sacanear?

sim, e será que Sandrinha vai deixar?
 
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Capitulo 6

de repenteeeeee...

- arráaaaaaa, tipico de empregada que é doida pra dar ao patrão, ouvindo atrás da porta...
- eeeeeu?
- não, minha vizinha... bom, caso interessar possa, eu vou dar uma festa.
- legal, Madame, estou as ordens para ajudar
- bom, então tranque Eleutéria no galinheiro, ela vai passar lá um mes pra não sacanear minha festa.

Claro que Sandrinha era baladeira, reggaeira, salseira, mas em planejamento era nota zero. Pra dar certo ela contratou tudo fora. Tava tudo bem. A festa seria o maior sucesso, ia ter até show ao vivo o escambau a quatro. Mas ai, veio a conta do cartão de crédito...

- Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaa
- chamou, maridão?
- o que significa isso?
- bom, sacomequié, tem uns preparativinhos pra festa, coisa básica, buffet, meu vestido, manicure, calista, a banda que vai tocar, atrações, homem pelado pras meninas, domador de pulga...
- mas assim eu vou a falencia. vamos cortar despesas
- buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, eu vou me divorciaaaaaar, tou aqui nesse fiofó de Judas, sem peene pra fazer, invento uma festa e você quer que eu corte o homem pelado...
- não, pode deixar o homem pelado. eu falei do domador de pulgas, tenho alergia a insetos...

enquanto isso, na cozinha...

- Silva, esse negócio não vai prestar
- o que? eu ter lhe tirado do galinheiro
- a lista de convidados. Olha quem está aqui? João Joaquim, ex-namorado dafalecida...
- o irmão do patrão? que foi expulso do enterro? caraca... vai dar zebra...

será que vai dar zebra mesmo?
 
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Capitulo 7

João Joaquim podia ser irmão gêmeo de Manoel Mateus. Mas de igual só tinha a cara. De resto, era totalmente diferente. Manoel Mateus era caretão e parecia um velho de 50 e lasca. João Joaquim era muito doido, adorava rock, esportes radicais e parecia uns 20 e poucos. Na verdade, ambos (bom, eles são gemeos, claro) tinham uns 39...

- Caraca, você é irmão do Manoel?
- e você é a substituta da falecida
- substituta uma ova. Eu sou a titular, pelo menos agora. Ah, e estou dando uma festa. Aliás, quem lhe convidou?
- A Eleutéria, claro...
- aquele clone de Mrs Danvers de Rebecca? Muiézinha escrota, só que comigo ela pega embaixo. Para uma cobra, uma cobra e meia.
- sua mãe?
- não, panaca, eu, é claro. bom, deixa ir ver a banda. contratei uma banda de rock da hora pra tocar aqui
- banda de rock? mas eu vi chegar um trio nordestino
- sai de baixo. tá pensando o que? que só porque eu vim morar nesse fim de mundo eu vou gostar de forró, é?

a festa teria sido um desbunde se acontecesse em Nova York. Mas em se tratando de Brasil, seria doida até se acontecesse em São Paulo. Banda de rock, jato de espuma, banheira de cerveja, dança do ventre e todos os delirios que Sandrinha achou de ter. Depois da festa...

- Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Sandrinhaaaaaaaaaaaaaaaa... onde essa ordinária se meteu...
- Eleutériaaaaa
- pronto, patrão
- cade minha esposa?
- no cemitério
- cemitério?
- sim, descansando em paz...
- ela morreu?
- faz mais de ano, patrão
- ah, não falo da finada, imbecil. falo da Sandrinha...
- ah, ela foi conhecer a hortinha da patroa... diz ela que ia fazer uns melhoramentos e plantar umas coisinhas rentáveis...
- nananinanão... a hortinha da finada já deu problema demais.
- Sandrinhaaaaaaaaaaaa...

qui diacho tem na hortinha? que coisas rentáveis Sandrinha quer plantar? veja depois.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Outra - Prológo e capitulos 1 a

Fatima Dannemann

Prologo

Cemitério da cidade de Prato Raso...
- buaaaaaaa, buaaaaaaa, buaaaaaaaaa, descanse em paz, Dona Filomena, vou  cuidar para que seu marido nunca mais se case de novo
- Eleutériaaaaaaa, você é apenas a governanta. Se Seu Manoel Mateus, nosso patrão, quiser casar de novo...
- Silvaaaaaaaaaaa, calabocaaaaaaa, para um motorista você é muito fofoqueiro. Eu cuido da casa e eu posso me meter.
- Falando em casa, seu Manoel Mateus ia chegar hoje.
- hoje, na capital. Lembre que aqui é longe pra dedéu...

e ouvem-se patas de cavalo esquipando...

- vixe, um fantasma
- que fantasma que nada, Silva, é um cavalo
- eu sei. mas cavalo esquipador aqui nessa cidade?
- telegramaaaaaaaaaaaa Dona Eleutéria dos Santos
- obrigada por trazer, Lilico, deixa eu ver... (rasg, rasg)...
aaarrrrrrrrrrrrrghhhhhh, tragediaaaaaaaaa
- o patrão morreu?
- pior. casou de novo.
- cacacacacá e você queria proibir o patrão de casar
- melhor irmos para casa. humpf...
 
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Fatima Dannemann

Capitulo 1

numa ilha do caribe, durante um cruzeiro maritimo, varios meses antes

- de que callada manera se me adentra usted sorriendo como se fuera la primavera...
- eita que essa festa ta boa pra dedeu...
- tá mesmo Sandrinha
- só tá faltando pegar uns muchachos. o navio está cheio
- deixa de ser assanha
- ah, eu vou a luta. Tá vendo aquele ali? vou pegar, saque só... oiiiiiii, vamos dar uma dançadinha básica?
- mas faz tempo que eu não danço. Eu sou viuvo, minha esposa morreu...
- ela que morreu, meu. você tá vivo. se solte...
- mas, mas...
- nem mas, nem meio mas. vamos... só uma dançadinha...
- tá, mas só uma dançadinha...
- você é de onde mesmo?
- moro no interior, numa fazenda, numa cidade chamada Prato Raso
- nunca ouvi falar. Meu nome é Sandrinha, baianissima, moro em Salvador, sou veterinária, torcedora do Bahia e pulo no Eva...
- Sou Manoel Mateus...
- pensas que é libre porque andas suelto...
- musica lenta... minha esposa...
- aaaah, pode parar com esse papo de esposa. ela morreu, cara, já deve ter até reencarnado. se solte...
- mas, mas, o que os outros vão pensar?
- que nós estamos num cruzeiro, no Caribe, e que aqui é o reino da galinhagem mesmo...
- ahahaha. Você, heim, decidida
- claro, já pensou na concorrência? ninfetas taradas, separadas carentes, casadas insatisfeitas, ah, e ainda tem as bichas. quem chegar primeiro que pegue e fique.
- Bom, gostei de você, Sandrinha, acho que podemos ser amigos.
- só? amigo por amigo, tem Madalena minha avó e Celina, minha tia, aquelas duas véia sentadas ali jogando baralho...

na mesa das senhoras

- Pule...
- pegue duas
- epa, Celina, você esta roubando, se você pulou como eu posso pegar duas
- da mesma forma que estamos num cruzeiro pelo Caribe jogando oito maluco
- vovóooooo, titiaaaaaaaaaa, deixa eu apresentar o Manoel Mateus
- oooooh, vamos jogar oito maluco de quatro
- vovó, de quatro é melhor fazer outra coisa...
- se respeiteeeeeeeee... estou falando do jogo
- e eu tambem. pensava em jogar king pra variar...
- bom, eu só sei jogar dominó
- nós lhe ensinamos, Manoel Mateus. Afinal, em nossa familia você precisa jogar king, oito maluco...
- nossa familia?
- claro
- você pretende casar com minha sobrinha, não é mesmo?
- Tia Celinaaaa
- psiuuuuuuuuu, tou tentando lhe desencalhar, anta, fique fria...
- mas o cara é o maior caipira, mora num lugar chamado Prato Raso.
- E daí? você da um up grade e leva ele para morar em travessa de salada que é maior...
- ah, porque vocês não vão dançar, heim? aproveite e peça minha neta em casamento...
- vovó, titia, se o cara fugir e se eu não arrumar mais ninguem aqui no
navio, voces me pagam, podem ter certeza...

e ai, o que acontecerá entre Sandrinha e Manoel Mateus? será que eles vão
casar? veja no capitulo 2

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Capitulo 2

no navio, durante a escala na Republica Dominicana

- correspondencia para a senhorita Sandrinha
- deixa ver, rasg, rasg...
- não esqueceu de nada?
- ah, a gorjeta, tome aqui
- só?
- ce quer o que? eu ganho em real e sou honesta, não recebo mensalão nem compro na Lasdu, não...
- unha de fome...
- ridiculo. ah, deixa eu ler a carta...
Querida Sandrinha, infelizmente, ainda não é chegado o momento de me casar e sua avó e sua tia estão com pressa. Já fui, Banda Mel, tchau e bença, Manoel
Mateus
- buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, eu sabia que isso não ia prestar

semanas depois, em Genebra, na beira do Lac Leman

- Mademosele, qui heure son?
- Non comprener nadiquez de nadez... qué qui vous falê?
- Brasileira?
- oui, oui, meu nome zerr Patrricia
- oh, nom prrecisa sotaque, eu tambem zerr brrasileirro, Manoel Mateus. Baiano de Prato Raso
- eu sou Baiana mas de Salvador mesmo
- viuvo
- abandonada pelo ex-noivo, aquele cretino do Oscar grrrr...
- correndo de uma tarada chamada Sandrinha
- torcedora do Bahia, veterinaria e pula do Eva
- meus sais, você também?
- não, essa é a Sandrinha. Sou Bahia, mas pulo no Camaleão e sou professora de cachorros yorkshire.
- legal...
- vamos ali tomar um cafézinho?

entretanto, ali perto, no café...

- ahahaha, Abdul, você zerr tão drolle, cacaca
- Zandrinha, você que serr engrazada...
- oooooh, nãaaaaao
- que zer?
- ali na porta, a chata da Patricia com o babaca do Manoel Mateus
- o que zair da navio?
- pois é...
- bena que eu non boderr chamar minha primo. Suiça ter tratada de neutralidade... se fosse no Estados Unidos, meu primo derrubava o arranha-céu barra descontar o que zandrinha sofreu
- quem é seu primo, Abdul?
- Edmundo
- Edmundo? brasileiro? e um brasileiro chamado Edmundo ia derrubar algum edificio?
- ia sim, ele trabalhou no construçon daquele edificio que caiu lá no Barra da Tijuca, lembra?

enquanto isso...

- Po, bicho, não acredito, Sandrinha? aqui?
- Patricia, não ligue, querida
- Na verdade esse cafezinho é para selar nosso relacionamento
- que relacionamento, Mané, você acabou de me conhecer
- Mas não vou perder tempo. Vamos casar?

o que? casar? vejam depois
 
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Capitulo 3

- Casar? ir morar num lugar chamado Prato Raso onde não deve ter predio com elevador, shopping center?
- nuncaaaaaaaaaa, tou fora, baby...
- kkkk, Sandrinhaaaaaaa, olhe, nem brezizarr Edmundo derrubar a arranha-ceu. Zeu amiga Patrricia darr um a zerro no Manoel
- cachorroooooooooo, essa coisa azeda, você pede em casamento. Mas a mim, não, safadoooooooooo, vai apanhar
- calmaaaaaa, deixa eu chamar o Edmundo

dias depois, na saida da prisão

- Oh, Manoel Mateus
- Oh, Sandrinha
- sabe, enquanto eu lhe batia e a policia me levava naquele camburão eu pensei que não saberia viver sem você
- nem eu, Sandrinha, ainda bem que o capelão da cadeia concordou em fazer nosso casamento
- que mico, né? mas eu sabia lá que a Suiça era tão ordeira e que ninguem brigava assim que nem nós?
- E a Patricia, heim? Fugiu com seu namorado, o Abdul
- deve ter entrado pra Al-Caida...
- Al-Caida, sim, uma organização de mulheres feias com tudo caido...
- bom, vou mandar o telegrama e avisar que nós estamos chegando...

no presente... em Prato Raso

- Imagine só, Patroa Filomena, casou na cadeia. Nem ao menos foi numa Catedral. Tá, eu sei que casar na Suiça deve ser chique. Mas, na Cadeia? Po,
ninguem merece... Mas eu já sei o que eu vou fazer... Me aguarde.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Histerica - conclusão





capitulo 15 - e ultimo (ou quase ultimo)

a sorte foi que o detetive Vitoca estava na casa do engenheiro...

- hum, que fedor de tinta é esse?
- fedor? tinta?
- fung, fung...
- gostei... detetive farejador
- aprendi com Antonieta, a perdigueira. Mas é tinta sim. Na mulher do
prefeito.
- Vixe. ela não comeu galinha?
- Vixe, não era creme de abacate? era tinta?
- tinta? mas não era o papagaio?

mais tarde

- buaaaaaaaaaaaa, minhas afilhadas todas presas por tentativa de
assassinato. buaaaaaaaaa e ainda sequestaram meu papagaio, o Chico. Ninguem
sabe onde ele anda. Chicooooooo, volta que eu quero saber da vida de todo
mundo. Só você pra contar tudo que os outros conversam.
- Dona Jardilina, deixa pra lá. Suas florzinhas ficam em cana até o papagaio
aparecer.
- E quando vocês vão procurar?
- Depois da corrida. A jega Namorada de seu primo vai ser inaugurada.

no jegodromo, finalmente acontece o grande momento... é dada a largada e a
jega aparece sozinha, sem ninguem montar.

- poooooo, o que foi aquilo? ninguem montando a jega?
- quem tem coragem de montar aquilo?

o narrador começa

- é dada a largada, 100 metros para jegas. Na frente Hermelinda, logo em
seguida Mocinha, depois Duquesa, Raissa, Branca, Soraia, e no final da pista
andando bem devagarzinho, Namorada de seu primo... que jega descansada. vem
devagar e ainda vem peidando. Ajudante, bota o microfone perto da jega que
eu quero mostrar ao publico a falta de educação dessa jega. Olha ali,
senhoras e senhores, um passo, currupaco, outro passo, currupaco, epa,
currupaco???

pois é, currupaco... pra não matarem o Chico, Jacinta e Hortencia esconderam
o papagaio embaixo do rabo da jega... por isso que a jega estava andando
devagar, o papagaio bicava o rabo com força pra não cair e a jega peidava,
dava um passo, o papagaio se desequilibrava puxava o rabo a jega peidava...

- Kakakaka... foi a corrida mais surrealista que eu assisti na minha vida.
- Nem fale, Jacinta. E ainda condecoraram o papagaio como joquei oficial da
Jega pois foi o unico ser vivo que conseguiu chegar perto dela sem tomar
rasteira.
- sabe que os dois agora dividem a mesma cocheira? pois é. colocaram a
gaiola do Chico lá juntinho dela.

mas e Xurumela? e Tonhão? e o Congo?
teremos ainda uma conclusão, aguardem

....................................................



finalmentes...

- Xurumela ficou na Bolivia trabalhando na fabrica de saltenhas. armou, se
deu bem, foi promovida e casou com o filho do subgerente da fabrica.
aprendeu uma receita de doce de leite de lhama que tem feito sucesso. Agora,
só vem ao Brasil no verão vender canga de praia bordada pelos indios.

Perurenia descobriu que o marido dela era um chato. Trocou ele pelo primeiro
chileno que ela encontrou alem da fronteira. Sim, ela foi pro Chile. Afinal
ela tinha grana, tinha passaporte válido, profissão e estava apenas
curtindo.

- Reginaldo apareceu, registrou Chatissa que agora vive na casa de Do Carmo
enchendo o saco de todo mundo, mas pelo menos deu uma tregua para Chatildê,
que fez as pazes com Tomelado, e Celulauco, que não quis ficar com Mina nem
Perurdinha e se apaixonou por Dunga, o anãozinho de Branca de Neve, por
causa do orelhão...

- O papagaio não aguentou muito tempo a convivência com a Jega. Fez um
buraco na gaiola e fugiu. Foi visto da ultima vez num lugar perto do Raso da
Catarina, tentando convencer a ultima Ararinha Azul que os dois podem ser
felizes.

- a Jega Namorada de seu primo finalmente arrumou um piloto: Emerson Xumaqui
que montou a jega por absoluta falta de opção e como chegou em décimo quinto
lugar na corrida achou o resultado ótimo: orra, meuuuuu, eram 16 jegas, eu
cheguei em 15. um resultado ótimo, meuuuuu

mas e Tonhão? e o Congo?

- Bom, Tonhão precisou ficar no Congo. Ele foi ver o dinheiro da passagem,
não tinha. Acabou tudinho. Naquela de marinheiro de primeira viagem, ou
melhor, turista acidental de primeira viagem, ele gastou tudinho em
lembrancinha, encomenda, e festa e quando foi ver não tinha como voltar.
Dizem que ele está tentando atravessar a fronteira e entrar ilegalmente em
Angola. Mas será que o Congo faz fronteira com Angola? ah... problema do
Tonhão, ora...

Histérica - capitulo 12a a 14



Capitulo 12

enquanto isso, na Bolivia, a verba estava escassa... O marido de Dona
Perurenia cortou o cartão, Reginaldo não podia mais fazer trambiques por
causa da onda de CPIs, e Xurumela só tinha 50 centavos...

- arrumei um emprego. sou ajudante na fabrica de saltenhas. ganho salario e
mais cinco coxinhas de galinha por dia
- coxinhas de galinha?
- é. o povo aqui só come boliviano e saltenha e as coxinhas sempre ficam
sobrando...

enquanto isso, na Pedra do Arpoador...

-Chatissa, minha filha...
- Chatildê, mamãeeeeee
- qué qui você faz aqui? não se lembra que segundo o noticiário é perigoso
andar nas ruas do Rio?
- qué qui você faz aqui? não se lembra que segundo o noticiário é perigoso
andar nas ruas do Rio?
- perguntei primeiro, afinal você é minha filha e devia estar na faculdade
- eu perguntei primeiro, afinal você é minha mãe e devia estar no
consultorio do psiquiatra pra saber porque você não ama o papai
- eu não amo o seu pai porque o seu pai não é o Celulauco
- mas eu amo o Tomelado mesmo que ele seja apenas meu papai
- seu pai tambem não é o Tomelado
- Não??? então quem é meu pai???

enquanto isso, na casa de jardilina

- currupacooooo, hortenciaaaaaaaa...
- fala papagaio
- suas irmãs de madrinhagem querem me matar
- é? mas elas pensam que vão lhe matar, não vão não...
- elas já combinaram até a data, hoje a noite e vão me servir domingo ao
molho pardo...
- não vão não... podexá comigo... hoje a noite, aliás, tem festa
- grandes coisas, currupacooooo, todo dia tem festa...
- mas eu vou encher o talo delas de cachaça até elas começarem a chamar
urubu de meu louro e ai...

e ai, vejam depois

....................................................


Capitulo 13,5 (sem querer eu repeti o 12)

na Bolivia

- Reupiiiiiii, Reginaldo sumiu e largou a gente aqui
- Claro, ele ressucitou como plantador de flor na novela das seis
- nãooooooooo, quem reencarnou foi a mulher dele. Virou Priscila Fantin,
misto de india e garota propaganda de armarinho
- garota propaganda de armarinho?
- sim, já viu quanta fita no cabelo?
- ah, eu quero saber é cadê o reginaldo... vamo perguntar ali
- muessoo, o sinheuri viu o Reginaldo?
- jo vi sim... ele está ali no botequim tomando umas...
- botequim? tomando umas? você é brasileiro?
- não, anta, é que já estão escrevendo a novela dublada para não ter outra
asneira como aquele muesso ali... aqui é muchacho, sisqueceu, foi?

enquanto o povo procurava Reginaldo, a galera preparava o almoço na casa de
Jardilina Neuras...

- oxente... que droga é essa... galinha de molho pardo verde?
- ah, é que nós temperamos com suco de limão e botamos um pouco de creme de
abacate pra variar...
- sei não... tá estranho...
- Margarida, você é marida da Angelica, mas pelo que sei não é você que
cozinha em sua casa...
- mas eu conheço muito bem coisa verde... abacate... aliás, cadê o Chico?
- que Chico?

sim, cadê o Chico? bom, Chico era o papagaio. O nome era esse por causa da
jega namorada de seu primo. O dono era o mesmo, mas a jega nasceu primeiro.
Muito antes, aliás. o dono ficou traumatizado e fez uma promessa que se
nascesse algum bicho menos feio por aquelas bandas, o nome ia ser Chico em
homenagem ao santo. A papagaia da casa esperou ovinhos, teve os ovinhos,
chocou, mas dos seis (eram seis), cinco viraram omelete e só um pocou, o
Chico que foi doado de presente a dona Jardilina porque o bicho era
fofoqueiro, linguarudo e dedo duro e contava a deus e o mundo as fofocas...
Mas chegou o almoço...

- Olha, assim que eu acabar de comer essa galinha vamos ter a inauguração da
jega na pista
- Bão, seu prefeito, o senhor manda
- Primeiro eu, Onofreeeeee
- certo, Patroa... vá fundo... mas assim que minha patroa, Eleusina Justa,
acabar de comer a corrida começa

e a mulher do prefeito, que era gorda parecendo num sei que, fez um prato do
tamanho de um bonde e começou a comer... foi ai que... vejam no proximo
capitulo

..............................................



capitulo 14

ta querendo saber o que aconteceu com a mulher do prefeito de Barreirinha do
Rio Molhado durante o almoço? pois vai ficar querendo saber... antes disso,
vamos a praia do Arpoador...

- Chatissa, você é simplesmente insuportável. Olha meu cabelo? tá uma droga,
agora vou passar o resto da vida de rabo de cavalo
- por causa da maresia?
- não por causa de seu cuspe. você berra é fanha, fala cuspindo e eu esqueci
o guarda-chuva
- ora, mamãe, não desconverse... eu quero saber quem é meu pai
- o Reginaldo, ora...
- Reginaldo? então quer dizer que eu não sou sua filha?
- minha é... mas seu pai não é o Tomelado nem o Celulauco, e seu nome nem é
Chatissa, esse é apenas um apelido
- buaaaaaa, sniff, sniff, e como é meu nome?
- Caixa Dois, ora... resultado de um trambique com uma pulada de cerca de
minha parte...
- Mamãe, eu estou cheia... agora alem de chata terei que ser uma adolescente
recalcada, cheia de problemas e com crise de identidade.

Na Bolivia...

- Auluou? Oi, pachon... sou eu, sua Perurenia... quero saber as novidades...
o que? mesmo? ah, por isso que aquela menina é uma mala... Caixa Dois, né...
O que? babado forte... foi contar a Xurumela... ela vai amar...

mais tarde, ainda na Bolivia

- Pepé... eu desisti... não vou mais pro Congo e não vou mais procurar o
Reginaldo.
- Ah, Xuru, você nem sabe de nada... Reginaldo reencarnou mesmo. Virou
colega de trabalho do Xanto Xilva e pintou os cabelos de loiro.
- mesmo? que babado forteeeee
- culpa da Xatissa, descobriu que é filha dele e foi lá pedir uma parte da
grana que ele roubou de Vila São Miguel. Disse que não aguenta mais ser
adolescente desajustada e resolveu abrir uma butique alternativa
- dessas que vende duendinho, fadinha e comida natural?
- não, dessas que vende sequilhos de griffe e refrigerante de marca...

mas e o almoço? bom, vamos lá pra Barreirinha...

- socorroooooooooooooo
- caracaaaa, a mulher do prefeito se empolou todinha
- e tá com a boca verde e pegajosa...
- leva pro posto médico
- mas hoje é domingo tá todo mundo de folga
- bom, leva pro Engenheiro Eduardo.
- e desde quando Engenheiro entende de doença?
- bom, entender não entende mas é alguem estudado, ora...

e assim, a mulher do prefeito numa maca de carregar jegue adentra a casa do
engenheiro que está jogando oito maluco com seu primo, o detetive Vitoca.
Sim, aquele mesmo da outraaaaa novelaaaaa só que agora de folga...
isto é... ele estavaaaaa de folga...
e o que vai acontecer? veja depois no ultimo capitulo

Histerica - capitulos 10 a




Capitulo 10

e nem só de Lulu Santos vive a trilha de uma novela... Como uma onda pode
dar Ibope, mas... Gonzaguinha tambem... e com Jacinto e Hortencia foi no não
dá mais pra segurar explode coração, só que o que explodiu foi a barriga de
uma das duas noivas. Foi liquido amniótico por tudo que era lado e logo logo
o bebê estava chorando no bercinho...
- qui lindinhuuuu
- como vai ser o nome?
- Reinaldo Thiago, em homenagem ao Reinaldo Janequini e ao Thiago
Lasserra...
- mas eu queria Kevin Mel... em homenagem ao Kevin Costner e ao Mel
Gibson...
- bom, vamos bater par ou impar...
- par...
- impar...
- uma duas lá se já... po, empatou...
- como empatou? deu zero...
- então, zero... o nome vai ser Kevin Reinaldo Mel Thiago Neuras que tal?
- lindo, amei, mas vamos logo pra igreja porque eu tenho um vestido de noiva
chiquérrimo pra usar...

e as duas, er os dois, er, qualquer coisa ai, casaram... Jacinta foi pro
resguardo, pois alem de pós-modernas os dois pais-mães eram naturalistas e
resolveram fazer que nem os indios. Enquanto isso, Hortencia foi assistir a
estreia da jega Namorada de seu primo...

- caracaaaaaa, mas essa jega é invocaderrerrimaaaaa
- po, hortencia, mal casou com um traveco e já está falando igual a ele?
- pois é, você vai ser a primeira bicha-mulher do planeta...
- cacacá, contando ninguem acreditava, Madame Jacinta
- ces tão tudo com inveja... em um dia eu virei uma senhora casada e mãe e
vocês tudo maria gasolina de corrida de jegue...

enquanto isso, ali no curral... os pilotos observavam a jega Namorada de Seu
Primo, que não parava de zurrar

- óooooooooooooo ióooooooooooo inhóoooooooooooooooooooo
- cacete, que jega escandalosa
- o que você quer? alem de DNA de gambá a doutora colocou pó de pena de
papagaio na proveta da jumenta
- pó de pena de papagaio? e a jumenta é de proveta?
- claro né? que jega ia parir uma coisa dessa? ninguem merece...
- ninguem merece mesmo. fedorenta e escandalosa
- e nem de proveta é. É de balde. Sabe como é, as verbas para pesquisa
genética andavam escassas...

enquanto isso...

- Senhor Reginaldo?
- sim eu mesmo
- O senhor está preso
- Mas delegado, eu já paguei todos os meus crimes na outra novela...
- falo de outro crime. O senhor foi flagrado vendendo ingressos para o
casamento de Ronaldinho e Daniela Cicarelli...
- e o qué qui tem?
- qué qui tem qui a noiva barrou até convidado vip e mais uma: o casamento
acabou faz tempo... agora o senhor vai ter que dormir no xilindró
- mas e meu pessoal?

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Capitulo 11

Amanhece no acre... Reginaldo sai da cadeia com um conselho do delegado para
se mandar de lá...

- nós somos um estado distante, tem gente que nem acredita que o Acre
existe, mas nós somos honestos. Se quiser que vá para Rondonia onde tem uns
colegas seus...
- vendededores de ingressos falsos?
- não, políticos desonestos...

o jeito foi cair na estrada... passam-se uns dias e logo eles chegam na
Bolivia. Deslumbradas por estarem no estrangeiro (sim a Bolivia é um pais
tão estrangeiro quanto os Estados Unidos, só é mais perto), Xurumela e
Perurenia cantam

- soy loco por ti Américaaaaaaaaaa
- bailaaaaaaaaaa comigooooooooo
- tá errada a musica Xuru...
- ah, é tudo tema de novela...
- Mudando de assunto descobri umas roupinhas maravilhosas, chiquérrimas,
coloridérrimas... Olha ali
- ah, mas no brasil ninguem sabe. vou comprar a coleção inteirinha...

enquanto isso...

- Bãaaaaooooooo, nós íamos convidar vocês tudinho para serem madrinhas de
Kevin Reinaldo Mel Thiago. Mas um passarinho me contou que vocês planejam
fazer igual a Rhianon só para eu ser montada na pista de corridas de
jegue...
- um passarinho? ou foi a angelica?
- foi um passarinho mesmo. Vocês cairam na asneira de bolar o plano macabro
na janela, o papagaio ouviu e repetiu tudinho
- papagaio maldito... ele nos paga...

mas e a corrida? o que aconteceu nas corridas?
espere e verão

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Capitulo 12

claro que as "florzinhas" de Dona Jardilina não gostaram nada de terem sido
descobertas...

- Papagaio ordinário...
- Calma Perpetua
- calma nada, Violeta... tantas horas bolando o plano pra que?
- sim pra que?
- boa pergunta pra que?
- querem fazer o favor de ficar repetindo o pra que, rebanho de antas? eu
quero dizer é que tudo foi por agua abaixo por culpa do papagaio...
- eu tenho uma ideia...
- que idéia, Gardênia? desde quando você tem idéias?
- bom, gente, eu tenho cérebro, né? o negócio é o seguinte, vamos matar o
papagaio. Vai ter um almoço domingo pra comemorar que a madrinha comprou a
jega Namorada de seu primo. Matamos o papagaio e servimos ao molho pardo,
que tal?

claro que Petunia, Perpetua, Violeta, Verbena e Orquidea adoraram o plano.
Dessa vez, deixaram de fora Angelica que tinha assumido seu lado GLS e
estava paquerando uma pesquisadora dos sem-terra chamada Margarida...
entrementes, na corrida

- caraca, que jega feia, Jacinta...
- bota feia nisso.
- bom, podemos enfeitar pra ver se melhora, Dona Perurenia mandou um poncho
lá da Bolivia quem sabe a gente vestindo...
- vai ficar um horror, esposaaaaaaaaa... Vai virar a fantasia o Dia em que
Chapeuzinho Vermelho foi pagar promessa a Padre Cicero porque o Lobo
FINALMENTE comeu ela... ah, e categoria originalidade...
- bão... então deixa assim... mas quem vai montar ela? soube que Cumpadi
Nezinho desistiu...
- bem que podia ser Tonhão... é tão ignorante que nem ela, vai dar
certinho...

entrementes, no Congo

- moço, é aqui que é o tal de Congo?
- claro né? tá pensando que é o que a Namibia?
- ce viu uma doida chamada Xurumela passar por aqui?
- companheiro, sei não. mas eu li no capitulo 11 que ela estava numa feira
comprando salgadinhos...
- caracaaaa, vou ter que atravessar o oceano atlantico todinho e ir lá na
Sete Portas comprar chisitos...

mais entrementes ainda, na Pedra do Arpoador, Chatildê que não sabe pra que
veio nessa historia, conversava com Tomelado...

- Tomeladooooo, eu sei que você é um garanhão retado, mas não posso largar o
Celulauco...
- Porque?
- ele teve um piripaque está imovel e em posição de sentido...
- imóvel? pois é, a Mina finalmente ia pegar ele quando ele simplesmente
endureceu todo e não desendureceu mais.
- levaram ele pro hospital?
- não, levaram ele pro Motel, assim que claudiarraia liberar eu vou lá e
crauuuuuuuu...
- Mas Chatildê tem gente muito mais a perigo que você nessa história...
- a perigo? eu? quem tá a perigo é a jega lá de Barreirinha do Rio
Molhado... Namorada de Seu primo...
- é?

e foi assim que Tomelado pegou um buzu e foi para Barreirinha do Rio Molhado
resolver o problema da jega... mas isso vocês vão ler, depois

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Histérica - capitulo 8 e 9

Capitulo 8

enquanto Chatildê e Tomelado discutiam a relação, as florzinhas da Sra Neuras planejavam algo cruel, e Xurumela fugia para o Congo via America do  Sul, os pilotos de jegue, que ainda não tinham aparecido na cidade, conversavam sobre a nova atração dos picadeiros, uma jega muito arisca...

- pois é, Cumpadi Tonico, a jega chama "namorada de seu primo" e é muito danada. dá coice em todo mundo...
- dizem até que a jega é donzela
- Jega donzela? onde já se viu isso?
- é que nenhum jegue se atreve a chegar perto
- porque a jega é braba?
- não, porque é feia e cheira a gambá
- caraca, jega cheirando a gambá?
- é, mas vai estrear nas corridas e advinhe quem vai montar?
- sim, quem vai montar?
- Cumpadi Nezinho, dono da jumenta Hermelina. Ele falou que é experiente nesses assuntos e vai dar um jeito na Namorada de Seu Primo
- mas que diabo a namorada de meu primo fez?
- não, imbecil, esse é o nome da jega, entendeu?

entrementes

- triiiiiiiiiiim, triiiiiiiiiiiiiim
- fala quem tá pagando...
- Celulauco, sou eu, Mina. Nem negue, eu te vi nas baladas ontem com Perurdinha...
- e dai? qual o problema? tou pegando ela...
- buaaaaaaaaaa, vou te deletar, vou te mandar pro arquivo mortooo... comigo é só no telefone...
- pior é com ela, boba, que é no pensamento e nas indiretas
- seu problema, Celulauco é que você parece um personagem virtual. Finge que é casado, finge que trabalha, finge que tem amante, finge que é dono de
fazenda, finge até que trabalha...
- po, Mina, e você? que raio de advogada é você que eu nunca vi nem perto do Forum?

enquanto isso... no Acre

- Reginaldo, essas empadinhas de cupuaçu são o máximo. Sabe que estou pensando em montar uma fabrica de empadinhas quando chegar no Congo?
- com 50 centavos, Xurumela? e você pensa realmente em chegar no Congo?
- da mesma forma que você pensa em reencarnar na novela das seis, há, e pelo menos uns 60 anos antes de sua mãe perder a Lindalva na passeata dos
estudantes...

enquanto isso, na casa de Jardilina Neuras...

- mamãeeeeeee, olha que arraso nossos vestidos de noiva
- nossos? ah, não acredito Jacinto Filho, que você vai entrar na igreja vestido de noiva
- claro que vou... e vou entrar com o Tonhão aquele bofe maravilhoso...
- Não, pelo amor de deus, com bofe, não, vc vai entrar comigo...
- Mas mamãeeeeeeee, meu casamento é pos-moderno-politicamente correto. Um travecão, eu, casando com uma biscate, a Hortencia, que está em crise de
identidade...
- crise de identidade?
- do pai da criança, ora... ela falou que se fizer teste de DNA dá empate porque ela nem desconfia quem seja...

enquanto isso no mercadinho Barreirinha Quase Tudo...

- Angelica, minha filha, hoje vai ter corrida e com uma jega nova...
- a Namorada de seu primo
- po, de meu primo, não
- Violeta, namorada etc e tal é o nome da jega...
- que nem Sua Sogra...
- po, minha sogra não...
- ta bom, que nem o Eurico...
 
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Capítulo 9

O que ninguem desconfiava é que a jega que (não) atendia pela alcunha de "namorada do seu primo" era realmente aparentada (longe) com um gambá

- porque é tudo mamifero?
- não, cumpadi, porque a Dra Fefe Nanda fez uma experiência e botou algumas gotas de DNA de gambá na proveta da jega Namorada de seu primo
- a jega é de proveta?
- claro... ou você acha que ela ia ser parida de parto normal?

enquanto isso... a caminho do Congo, Xurumela não desconfiava que a verdadeira histérica da novela é a jega que, mais da metade da novela transcorrida, ainda não havia aparecido... e Xurumela continuava pensando em Tonhão...

- ele é bem diferente de tudo que eu imaginava. Cospe no chão, coça o saco, xinga todo mundo...
- mas então ele é um grosso, um animal...
- pois é, bem diferente das bonecas do salão onde eu colocava megahair, Xispita
- Xispita, não, Inesita...
- ah, Xispita, Inesita é tudo mexicana e personagem de novela...
- Tá bom, Damiana...
- Damiana, não, Xurumela
- Damiana, Xurumela, é tudo personagem de novela...

na pedra do Arpoador...

- Chatildê...
- Tomelado...
- eu te amo
- eu tambem te amo
- vamos reviver o passado, Chatildê
- vamos... brincando de picula aqui na areia no mais manjado clichê de novelas românticas?
- não vendo nosso album de fotografias, afinal, nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...
- pois é... tudo passa, tudo sempre passará...
- exatamente... e a vida vem em ondas como um mar
- ... num indo e vindo infinito... e tudo o que se vê não é, igual ao que...
- pode parar... vamos ficar aqui imitando Lulu Santos e fingindo que estamos namorando ou vamos pro vapt-vupt ali no apart hotel?
- vamos pro aparthotel... mas do jeito zen
- meditando?
- não devagarzinho para não passar que nem na musica...

enquanto isso...

- Aiiiiiiiiiiiiiii, Hortenciaaaaaaaa, vou ser a noiva mais neurótica do pedaço
- Aiiiiiiiii, Jacintaaaaaaaa, como você acha que eu estou???
- tou tendo filho pela boca, meu bem...
- e eu tendo filho pelas vias normais, amoreeeeeee
- aaaaaaaai, nãaaaaaao, o bebê vai nascer antes do casamento?
- parece que vai...
- popará, pode prender esse parto até amanhã... meu vestido de noiva com miçangas amazonicas que Xurumela me mandou do Acre tem que ser usado de
qualquer jeito...

e assim, chega ao dia d... dia d de casamento? não exatamente. Dia D de Duplo... De manhã, o casamento de Jacinta e Hortencia... Depois a corrida de estreia da jega Namorada do Seu Primo...



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Histerica - capitulos 5 a 7



Capitulo 5

Enquanto Dona Perurênia atravessa o Acre rumo a Bolivia e de lá ao Peru para
visitar a nascente do Rio Amazonia, seu marido Oscar Alho conversa com
Celulauco sobre a esposa deste, Chatildê

- que carma, Oscar, Chatildê ninguem merece. E pra completar, Mina, meu
quebra-galho, uma advogada que me fornece marmita, está fazendo pressão,
quer porque quer que eu me separe...
- Celulalco, não é por nada, não. Mas já soube que essa tal de Mina não é
mina, chama Minina, tem 20 e poucos e você se encontra com ela no
estacionamento da pista de corrida de jegue lá de Corrideiros
- pooooo, eita povo linguarudo
- eu soube até que sua filha se internou num mosteiro com medo de você
- medo nada, é que o namorado dela Tomalado preferiu Chatildê, disse que
eles tem tudo a ver com o outro...
- eu mandei minha filha Corredeomi viajar pra Inglaterra
- Para a Inglaterra? mas o chique entre os emergentes não é Miami?
- e você esqueceu que eu sou de familia tradicional?

entrementes...

- Jacintoooooo
- Jacintaaaaaa, olha minha fachada, hortencia...
- er, eu andei pensando... vamos casar
- eu já falei que caso. mas de mentirinha
- mas eu queria uma festa de verdade
- tudo bem... mas eu não vou ser o pai da criança. vou ser a mãe
- tudo bem... nosso filho será a criança mais feliz do mundo
- porque?
- ele será o unico bb do universo a ter dois pais e duas mães

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Capitulo 6

Capitulo 6

- dois pais e duas mães? que historia é essa?
- bom, um pai e mãe de verdade, eu e o celulauco, e um pai e uma mãe de
mentirinha, você e você mesmo
- então, meu bem, ele vai ter duas mães e meio pai
- meio?
- claro meu bem, eu só serei pai na reunião de pais e mestres, e o celulauco
não pode ser pai dele
- porque?
- é o único garanhão de novela que não come ninguem apesar de ser cheio de
mulher...

enquanto isso, no Acre

- chegamoooooooos
- mas aqui não é o aeroporto
- é a rodoviária
- mas você disse que era aeroporto
- Dona Perurênia... ainda acha que eu lhe trouxe a Rio Branco para a senhora
fazer umas comprinhas.
- e onde fica o shopping daqui?
- sei lá, só perguntando a alguem
- será que aqui tem saltenha, boliviano, essas coisas...
- deve ter, Xurumela, se na Bahia, que é longe pra baralho, tem saltenha,
boliviano essas coisas imagine aqui no Acre que é junto da Bolivia...
- então vamos comer. tou morrendo de fome
- por 50 centavos? vou comprar uma coxinha, dormida, e dividir com a galera
toda
- que maldade Reginaldo
- maldade mesmo, Xurumela. Você acha que eu reencarnei porque? porque era
gente ruim. Se prestasse, meu bem, eu ascensionava.

enquanto isso, as florzinhas de Jardilina tramavam...

- Gardenia, Verbena, Angelica, Petunia... Imaginem... Hortência queimada na
praça. Servindo de montaria como se fosse um jegue
- mas ela ia virar atração aqui de Barreirinha do Rio Molhado...
- capaz da cidade mudar de nome pra hortencianonopolis
- queriaaaaaaaassssss... eu, Perpetua, não tenho esse nome a toa. Sou gente
ruim, que nem a Perpétua de Tieta...
- mas eu ainda acho...
- Violeta, você não acha nada. Cala a boca ai, sua insignificancia. Vamos
esconder o bebê da Hortencia. Melar ela de sangue de menstruação de jumenta
e inventar que ela é antropofaga. Ela ai vai pagar... que nem Rhianon
pagou...
- Mas isso é maluquice... eu tou fora... Parece coisa da Viviane a ex do
Reginaldo
- aaaah, pode sair fora, Angélica. Mas não abra esse bico, ou você vai ver
com quantos paus se faz uma canoa...

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Capitulo 7

e como todo autor de novela deve desenvolver o dom da ENROLATORIA, vamos
enrolar fazendo marketing... não percam dia 17 de junho a festa junina do
Espaço Mahatma Gandhi, em Salvador, se você é aluno ou frequenta o espaço,
não perca.

entrementes...

Chatildê e Tomelado conversam sentados na Pedra do Arpoador. Bom, ninguem
falou que eles estavam em Barreirinha do Rio Molhado, e como a Pedra do
Arpoador (ou outra pedra qualquer do Rio de Janeiro) aparece em todas as
novelas, ela vai estar aqui tambem...

- Tomeladooooooo, não vejo a hora de ficarmos juntos...
- Oh, Chatildê, já mandei até um telegrama para Salif, meu secretario. Ele
ficou de aprontar nossa cabana lá no Togo.
- Togo? mas não é Congo?
- não, quem está indo para o Congo é Xurumela. Nossa história é outra
história, Chatildê... É a história de uma mulher cheia de tiques nervosos
por causa de um marido babaca que tem uma amante por telefone celular...
- Oh, Tomelado, finalmente você descobriu porque o nome dele é Celulauco.
- Não, eu entendi porque ele foge tanto da Perurdinha, a ninfeta erótica...
Ele não sabe namorar ao vivo...
- Mas como ele fez filho na Hortencia?
- quem disse que ele é o Pai?

esse Tomelado sabe até o que não sabe... mas falando na Hortencia e no
Jacinto

- Paixãaaaaaaaaaaaaao, olha que modelito lindo para nossos vestidos de noiva
- Jacinta... Menos, né? que história é essa de paixão? Nâo precisa
exagerar...
- Eu sei, mas é que a mamãe é cega, miope, doca, estrábica e ainda não
percebeu que eu sou mais florzinha que todas as florzinhas juntas. Pensa que
eu sou algum macho desses que dá porrada em balcão de bar, coça o saco e
cospe no chão...
- graças a deus não é, santa... senão, em vez de casar comigo, você estaria
fugindo para o Congo
- para encontrar com a Xurumela?
- não, pra encontrar com seus parentes, os gorilas...

falando em machão que bate na mesa e cospe no chão...

- Seu Jorginho
- Fala Dona Coisinha
- esse meu filho Tonhão é estranho...
- é não, Dona Coisinha, esse meu neto é assim mesmo... segurança de corrida
de jegue tem que ser rigoroso. Já viu o tanto de mulher que fica atrás dos
pilotos?
- pudera, né? uma falta de opção retada nessa cidade.
- opção de mulher tambem. Porque você acha que eu prefiro ficar tomando
conta de nora solitária do que casar de novo?
- Porque é um babaca. Se mude lá pra Pedra do Arpoador e vá dá um jeito na
mãe do Leitoso, a Dona Fifa...
- aquela velha neurótica e possessiva? Tou foraaaaaaaaaaa...

enquanto isso na portaria das corridas...

- Cadê a Xurumela, Tonhão?
- e eu sei lá? quem é xurumela?
- a que botou o megahair errado na crina do jumento Eurico
- ah, aquela doida...
- ela fugiu pro Congo
- pro Congo? pra que, heim?
- cismou que você é um gorila
- ah, mais deixa estar. vou pro congo primeiro, pelo Oceano Atlantico, e
quando ela chegar lá vou dar tanto tapa que ela vai ver quem é gorila
aqui...

As Estrangeiras - Capitulo 4 - Gabrielle a francesa

Capitulo 4 ´- Gabrielle, a francesa Gabrielle era francesa mas não nasceu nem morava em Paris. Tampouco morava em, Lyon, Marseille, N...