segunda-feira, 13 de março de 2017

As Estrangeiras - Magrit, a norueguesa



Capitulo 2 - Magrit a norueguesa


Magrit acordou reclamando:
- Eu não guerrer mais zerr loura. Aqui em Norruega maiorria dos pessoas zerrem louras de olho azul. Eu guerrer ,mudar a cor da cabela.
Sua mãe argumentou:farm- se pintar de vermelho os irlandeses vão dizer que é apropriação cultural.
-Buaaaaaaaaaaaaaa, buaaaaaaaaaaaaaaa
Magrit chorou tanto, mas tanto, que acordou o prédio inteiro (sim, a noruega é um pais adiantado e lá tem predio com elevador). O povo reclamou e ela precisou parar de chorar.
Resolveu então pintar o cabelo de preto. Quando deu o recreio da escola (sim, ela era adolescente e estava fazendo algo semelhante ao ensino médio) saiu de fininho e foi até a farmácia.
- Bom dia, meu Zenhorr, eu guerra comprrarr um tinta para pintar minha cabelo.
- o atendente trouxe a tinta e Magrit ficou tão ansiosa que filou o resto das aulas e foi para casa correndo aplicar a tintura no cabelo.
Leu as instruções da embalagem, aplicou o produto esperou o tempo necessario, lavou o cabelo, secou e se olhou no espelho. Foi ai que Magrit teve um piripaque: o cabelo estava totalmente cacheado, quase rastafari, e continuava lourinho, lourinho.
- PQP, non erra isso que eu guerria. Agora os jamaicanos vão dizer que é apropriação cultural porque meu cabelo está quase rastafari.
- vai não, fia, no Malhazon pro dia nazzerr feliz tem uma perzonagem de cabela loura e rastafarri e ninguem reclamou. Só reclamaram de Anitta para aparecerr.
A menina era jovem, adolescente, mas não era burra e resolveu reclamar na farmacia. Pegou a embalagem e... 
- Garragaaaa eu comprrarr produta para engarracolarr cabela, para dar permanente, non foi tintura, Buaaaaaaaaaaaa, e já usei sem nem ver o que erra.
Ela foi a Farmácia mesmo assim reclamar. Foi ai que ficou sabendo que o atendente era imigrante da Siria, só falava e lia arabe e não falava noruegues.
O jeito foi esperar passar o efeito do produto, cortar o cabelo, e evitar usar lenço ou turbante: "se eles acharem que é apropriação cultural eu vai gueimarr em marrmorre do inferno..."
E nunca mais Magrit quis deixar de ser loura.

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